General apontado como um dos articuladores do plano golpista
A Procuradoria-Geral da Repblica (PGR) enviou ontem, sexta-feira (20) ao Supremo Tribunal Federal (STF) parecer contra a soltura do general Braga Netto, preso na semana ada, no Rio de Janeiro, no mbito das investigaes do inqurito do golpe.
A manifestao foi motivada por um pedido da defesa do general para que a priso seja substituda por medidas diversas da priso. Os advogados tambm alegaram que as acusaes de que Braga Netto participou da trama golpista durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro tratam de fatos ados e no h contemporaneidade para justificar a priso preventiva.
Para o procurador-geral, Paulo Gonet, permanecem vlidas as razes que fundamentaram a priso do general. Segundo Gonet, medidas cautelares no so suficientes para garantia da ordem pblica, convenincia da instruo criminal e para assegurar a aplicao da lei penal.
"As tentativas do investigado de embaraar a investigao em curso denotam a imprescindibilidade da medida extrema, dado que somente a segregao do agravante poder garantir a cessao da prtica de obstruo. O quadro ftico denota, assim, risco de continuidade delitiva por parte do investigado, o que traz espcie o elemento de contemporaneidade", justificou o procurador.
No sbado (14), Braga Netto foi preso por determinao do ministro Alexandre de Moraes, relator do inqurito do golpe, que tramita na Corte.
Segundo as investigaes da Polcia Federal, o general da reserva e vice na chapa de Bolsonaro em 2022 estaria obstruindo a investigao sobre a tentativa de golpe de Estado no pas para impedir a posse de Luiz Incio Lula da Silva.
A Polcia Federal identificou que o general, indiciado por ser um dos principais articuladores do plano golpista, tentou obter dados sigilosos da delao de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Aps a priso, a defesa negou que Braga Nettotenha obstrudo as investigaes.
FONTE: Agncia Brasil
