Governo de MS pede Fora Nacional contra invases em Aquidauana 4z1w4o
Publicado em 13/08/2019
Editoria: Regio
Tropas de Campo Grande e da regio esto desde o dia primeiro em duas reas, depois da retirada de ndios Kinikinau
Mato Grosso do Sul vai pedir ao governo federal o envio de tropas da Fora Nacional de Segurana para a regio de Aquidauana onde contingente da Polcia Militar est desde o dia 1 de agosto, quando grupo de 200 ndios foram retirados, sem ordem judicial, da Fazenda gua Branca, reivindicada como terra da etnia Kinikinau, hoje sem aldeia demarcada.
A justificativa da Sejusp (Secretaria de Justia e Segurana Pblica) de que h risco de novas invases e a distncia da propriedade da cidade, em torno de 80 quilmetros, no permite que ocorra o deslocamento em tempo hbil.
Reportagem do Campo Grande News nesta segunda-feira (12) mostrou que h pelo menos 30 policiais distribudos entre a Fazenda Paraso e a gua Branca, que so vizinhas. A Sejusp no confirma o tamanho do contingente. Afirma, apenas, que mantm um efetivo na regio em pontos estratgicos.
A Secretaria, diz, ainda, que os policiais esto fazendo diligncias na regio para apurar os crimes praticados, apesar da funo de investigao ser, legalmente, da Polcia Civil e no da Militar.
Conforme a investigao feita pelo Campo Grande News, os homens enviados para a regio so do Bope (Batalho de Operaes Especiais), do Batalho de Choque, da Cavalaria de Campo Grande, da Polcia Militar Rodoviria Estadual e das unidades da regio, como Jardim e Aquidauana.
Houve indagao, por parte da reportagem, sobre at quando a mobilizao vai permanecer, mas a reposta foi outra. A Secretaria j est formalizando um pedido ao Governo Federal para que encaminhe equipes da Fora Nacional para atuar na regio, diz a nota enviada pela Sejusp.
Tambm no houve resposta se est havendo ajuda dos proprietrios das fazendas para manter a tropa no local. A apurao feita indica que na Paraso, os donos esto bancando alimentao, alm da hospedagem.
A gua Branca est em nome da Fundao Bradesco, que foi procurada quando houve o despejo dos ndios, mas no se manifestou. A Paraso pertence ao esplio do empresrio Ugo Furlan, falecido no fim do ano ado. A famlia foi procurada, mas tambm no se posicionou ainda sobre a situao.
No h processo oficial de demarcao de terras indgenas nas terras citadas, mas existem estudos antropolgicos indicando que houve presena da etnia Kinikinau por l. Como no h ligtio judicial, a Sejusp afirma que agiu porque houve crimes de invaso de propriedade particular, alm de furto qualificado, ameaa e crime ambiental. Corporao que age em casos de disputa por terra quando h ndios envolvidos, a Polcia Federal validou a ao.
FONTE: Campo Grande News