O trabalho de combate aos incndios florestais no Pantanal, em Mato Grosso do Sul, continua em seis reas com focos ativos no bioma. Mesmo aps a chuva, que desde ontem (8) atinge diferentes regies pantaneiras, as aes de combate e controle das chamas ocorrem na regio do Salobra at a BR-262 - prximo ao municpio de Miranda -, alm das regies de fronteira com a Bolvia, Serra do Amolar, Paiagus, o do Lontra e Estrada Parque.
Tambm continua em monitoramento o foco de calor identificado por satlite na rea do Porto da Manga. "Os bombeiros no vo parar por causa da chuva. Nossas equipes a partir de agora vo trabalhar no rescaldo das regies que ns estvamos combatendo", disse o coronel Adriano Rampazo, subcomandante-geral do Corpo de Bombeiros.
"A populao acha que choveu, acabou o fogo. Pode ter amenizado, diminudo a fumaa, mas ainda tem muita brasa. Vamos fazer todo o trabalho de rescaldo nos prximos dias", completa o subcomandante-geral, que tambm chefia as operaes de combate a incndios no Pantanal.
As aes de combate durante a semana foram concentradas nos focos que tiveram origem no dia 23 de julho, na regio da Nhecolndia, aps um caminho atolado pegar fogo e as chamas se espalharem. "O foco principal da semana foi aquele fogo que comeou com o caminho e chegou rodovia. Montamos uma equipe que desde aguardava a chegada desse fogo e tera-feira ele veio com muita fora e at pulou a rodovia", diz Rampazo, que completa.
"Mas tivemos muito xito na proteo da populao. Conseguimos proteger aquela comunidade toda do Salobra, e as propriedades todas em entorno".
Com a reduo dos focos, provocada pela queda da temperatura e alta da umidade relativa do ar, a ateno agora com a preparao dos bombeiros para as aes nos prximos dias. "A chuva chegou e agora aguardar e ver a intensidade dela para a gente montar nossa estratgia futura. O trabalho no vai parar. O que aconteceu da outra vez, choveu, veio frente fria, e com trs dias de sol, umidade baixa, o fogo j voltou", alega o oficial dos Bombeiros.
"Essa chuva foi muito bem-vinda. Ns estamos encarando com uma trgua para a gente se reorganizar e fazer a manuteno dos nossos equipamentos, pois a tendncia que em setembro ainda encontremos situaes parecidas ao que enfrentamos alguns dias", explica a tenente-coronel Tatiane Inoue, diretora de Proteo Ambiental do Corpo de Bombeiros.
Os boletins climticos do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo do Clima) apontam que essa massa de ar frio deve permanecer no Estado nos prximos dias, porm, na prxima semana comea a perder fora. A partir da, a tendncia que as condies climticas com altas temperaturas, baixa umidade relativa do ar e rajadas de vento com velocidades acima de 40 km/h, at mesmo 60 km/h, voltem a persistir no bioma Pantanal.
"As guarnies executam agora o monitoramento e rescaldo, porque mesmo com a chuva pode haver situaes de troncos de rvore ainda em brasa, em queima lenta, que devero ser removidos e algumas vezes enterrados, para evitar que surjam novos incndios futuramente", explica Tatiane Inoue, que complementa o raciocnio.
" uma caracterstica da nossa regio o solo de turfa. Isso um material orgnico que fica em decomposio e que, com a chuva no sendo em grande quantidade, o solo no encharca, ele apenas umidifica e conforme aumenta a temperatura e baixa a unidade relativa do ar, a queima que pode estar lenta no subsolo toma fora e acontece as reignies", conclui Inoue sobre o trabalho minucioso, que envolve at o uso de mquinas para encontrar o fogo subterrneo.
FONTE: Comunicao Governo de MS
