Arroz importado chegar em at 40 dias, estima ministro da Agricultura 3u2o27
Publicado em 29/05/2024
Editoria: Brasil
Aquisio no mercado externo garantir preos melhores, segundo Fvaro
A primeira leva de arroz importado com o objetivo de evitar alta de preos no mercado interno deve chegar s gndolas dos supermercados nos prximos 30 ou 40 dias, vinda da Tailndia. Segundo o ministro da Agricultura e Pecuria, Carlos Fvaro, o produto foi adquirido antes da reduo de tributos anunciada pelo governo, mas ajudar na estratgia de retomada dos preos anteriores especulao que, em decorrncia das chuvas no Rio Grande do Sul, chegou a aumentar em at 40% o preo do alimento.
Durante o programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Empresa Brasil de Comunicao (EBC), Fvaro disse que est prevista, ainda para esta quarta-feira (29), a publicao do edital que estipula um prazo de 90 dias para a primeira compra de arroz sem os tributos de importao que chegam, segundo ele, a 12% o que garantir melhores preos, bem como o abastecimento do produto.
Esse arroz sem tributos de importao ter uma embalagem diferenciada, por ser subsidiado pelo governo federal. Ele estar identificado com o preo mximo de R$ 20 para o pacote de 5 quilos de arroz agulhinha tipo 1. o arroz do paladar do brasileiro, do gosto do brasileiro. o que a imensa da maioria da populao consome, disse o ministro ao ressaltar que o governo vai gradativamente controlando compras a fim de manter o preo a nveis razoveis para a populao.
Com relao importao de arroz, precisamos olhar o problema de uma forma holstica, levando em conta as consequncias que a tragdia no Rio Grande do Sul ter para a populao brasileira. O estado concentra 70% do arroz produzido no Brasil. Outros 15% so produzidos em Santa Catarina; e os outros 15% pelo restante do Brasil, disse.
Especulao em meio tragdia
A tragdia, segundo o ministro, acabou estimulando a ganncia de alguns especuladores que tinham o produto estocado. Vivo repetindo essa frase: o inferno vai ser pequeno porque no vai caber tanta gente maldosa que criou um movimento especulativo em cima da tragdia. Nos ltimos 30 dias, o arroz subiu de 30% a 40%, disse.
A alta preocupou o governo, que acabou por editar uma medida provisria autorizando a compra de arroz no mercado externo. Estamos combatendo essa especulao. Sabemos que o Rio Grande do Sul tem um estoque suficiente para abastecer o Brasil, independentemente da tragdia que aconteceu, acrescentou ao garantir que, com o aumento de oferta, no haver qualquer necessidade de racionamento ou controle da venda nos supermercados.
No temos riscos de nenhum tipo de desabastecimento, nem do arroz. O estoque suficiente. O problema a conjuntura momentnea, mas em hiptese alguma [teremos desabastecimento]. O Brasil um grande player produtor de soja, milho, arroz, feijo, trigo, carnes, algodo. Somos primeiro do mundo, e estamos, apesar das dificuldades, com uma safra muito boa, acrescentou.
Durante a entrevista, Fvaro disse que o governo tentou, em um primeiro momento, comprar 100 mil toneladas de arroz, mas o mercado foi mais agressivo e subiu ainda mais o preo". "Agora vamos mostrar que estamos dispostos a comprar 1 milho de toneladas. Talvez nem seja preciso comprar tudo isso, completou.
O ministro explicou que a chegada desse arroz ao mercado nacional pode ser mais ou menos demorada, dependendo de quem seja o vendedor. Se comprarmos da sia, demora um pouquinho mais para chegar, disse.
Ele lembrou que foi feita uma tentativa inicial de compra a partir dos pases do Mercosul Ficamos muito chateados nessa primeira tentativa de compra com o Mercosul, que muito mais competitivo porque no tem tributos para vendas ao Brasil. Lanamos um edital de 100 mil toneladas, mas a a especulao veio e, com quatro dias de leilo, o volume de recurso disponvel para comprar 100 mil toneladas dava para comprar apenas 70 mil.
Ficou 30% mais caro. A o governo parou e suspendeu aquele leilo. Agora, o leilo estar aberto para todo mundo. Para quem quiser vender para o Brasil, acrescentou.
Produo descentralizada
Uma outra estratgia a ser adotada pelo governo a de descentralizar a produo de alguns alimentos considerados essenciais para o consumidor brasileiro, de forma a evitar que quebras de safra ou tragdias em decorrncia das mudanas climticas coloquem em risco o abastecimento no pas.
Um o nesse sentido ser dado em breve, com o anncio do novo Plano Safra, a ser lanado at o final de junho, e que, segundo Fvaro, ser o maior da histria.
As mudanas climticas nos levam a evitar essa concentrao [de determinados produtos em algumas regies]. Por isso, queremos estimular a produo de, pelo menos, cinco produtos essenciais do consumo brasileiro: o milho, que, alm de servir de alimento, se transforma tambm em raes e carnes; o trigo; o arroz; o feijo e a mandioca, explicou o ministro.
Para tanto, segundo ele, haver estmulos e contratos de opes voltados a produtores de todas as regies do pas. A ideia , por meio dessa descentralizao de produes, evitar produes limitadas a algumas regies.
Caso isso resulte em excesso de produo, a soluo ser sua destinao ao mercado externo. O Brasil j um grande player de todos os esses produtos. Poderemos, portanto, exportar e ganhar dinheiro com o excesso, trazendo mais divisas para o Brasil.
FONTE: Agncia Brasil