Guarda vira ru e Gaeco v irresponsabilidade na liberdade de colegas 1a2w3d
Publicado em 11/06/2019
Editoria: Polcia
A Justia aceitou denncia do Gaeco (Grupo de Atuao Especial de Represso ao Crime Organizado) e o guarda municipal Marcelo Rios virou ru pelos crimes de posse de arsenal, receptao e adulterao de veculo roubado. H suspeita de que as armas estejam ligadas a uma srie de execues em Campo Grande.
Em outra frente, o Ministrio Pblico pede que dois guardas municipais, colegas de Rios na profisso e na segurana particular de um empresrio, voltem para a priso. O recurso apresentado por quatro promotores critica que a liberdade chega s raias da irresponsabilidade.
O juiz Olivar Augusto Roberti Coneglian, em substituio legal na 1 Vara Criminal de Campo Grande, aceitou a denncia contra Marcelo Rios e estabeleceu prazo de dez dias para apresentao da defesa.
O guarda municipal foi denunciado por crimes previstos no Estatuto do Desarmamento (posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso , posse irregular de arma de fogo de uso permitido e porte ilegal de arma de fogo de uso permitido) e no Cdigo Penal (receptao e adulterao de sinal identificador de veculo).
A polcia encontrou com o guarda um veculo Uno de placas trocadas. O carro tem registro de roubo em fevereiro de 2017, na cidade de Vrzea Grande, no Mato Grosso.
O guarda municipal foi preso no dia 19 de maio, em Campo Grande, aps o Garras (Delegacia Especializada de Represso e Roubo a Banco e Resgate a Assaltos e Sequestros) receber denncia de que ele tinha grande quantidade de armas de fogo, relacionadas s execues. O Garras integra fora-tarefa criada h seis meses pela Polcia Civil para investigar as mortes.
Junto com o Batalho de Choque da PM (Polcia Militar), os policiais localizaram Marcelo Rios. Na picape Saveiro que conduzia, foi encontrado um carregador de pistola 9 milmetros, de uso , alm de 39 pen-drives e dois celulares.
Preso em flagrante, os policiais foram a trs imveis ligados a Marcelo, nos bairros Rouxinis, Portal Caiob e Monte Lbano. Nesses locais, apreenderam munies, armas, bon com cmera oculta e arreador, dispositivo que libera descarga eltrica para manejo de bovino e usado por organizaes criminosas para torturas.
O arsenal estava em imvel no Monte Lbano e inclua seis fuzis, um revlver, 17 pistolas e duas espingardas. Todas sem autorizao e em desacordo com determinao legal. Tambm foram encontradas munies, carregadores, luneta e silenciadores.
Milcia Em 22 de maio, os guardas municipais Robert Vitor Kopetski e Rafael Antunes Vieira foram presos por ameaa a testemunhas. A liberdade foi concedida dias depois, em 31 de maio. A juza da 3 Vara Criminal de Campo Grande, Euclia Moreira Cassal, imps medidas cautelares em substituio priso preventiva, como o comparecimento mensal em juzo, proibio de deixar a cidade no decorrer da investigao e manter distncia de 300 metros da testemunha.
No recurso, os promotores Cristiane Mouro, coordenadora do Gaeco, Marcelo Ely, Tiago Di Giuli Freire, Gerson Eduardo de Arajo pedem a revogao das medidas cautelares e a expedio de mandados de priso dos guardas e tambm do segurana Flvio Narciso Morais Silva.
Conceder-lhes liberdade provisria sob o pfio argumento de que a priso por 10 dias foi o suficiente para restabelecer a ordem pblica chega s raias da irresponsabilidade para com a vida de terceiros que, mesmo diante de um quadro criminoso extremamente grave, se dispam a dizer o que sabem perante a autoridade policial, afirma o pedido do Gaeco. Os guardas foram afastados da funo.
FONTE: Campo Grande News