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Desinformao permanente impacta de polticas pblicas a sade mental 53472y

Publicado em 16/04/2023 Editoria: Brasil


Pesquisa aponta forte movimento antivacina em dia de campanha nacional
No dia 27 de fevereiro, uma ampla mobilizao nacional foi lanada para recuperar as coberturas vacinais, que esto em queda desde 2015.
Os esforos para que a populao busque a imunizao incluram o fato de o prprio presidente Luiz Incio Lula da Silva ter recebido a vacina bivalente contra a covid-19 diante das cmeras.
Porm, enquanto governo e veculos de imprensa destacavam a necessidade de aumentar a proteo contra as doenas imunoprevenveis, esforo contrrio era empreendido nas plataformas digitais, com a divulgao de mentiras, contedos descontextualizados e teorias da conspirao que associavam de forma fraudulenta as vacinas at mesmo ao extermnio da populao mundial.
Esse movimento negacionista foi destrinchado em um relatrio do Laboratrio de Estudos de Internet e Mdias Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (NetLab/UFRJ). Os pesquisadores mostram que houve um pico de contedo antivacinista nas plataformas digitais no dia em que Movimento Nacional pela Vacinao foi lanado. Somente no Twitter, foram catalogadas mais de 50 mil publicaes desse teor.
Entre 26 de fevereiro e 21 de maro, mais de 320 mil tutes, 20 mil publicaes no Facebook e 6 mil no Instagram com contedo antivacinista foram identificados pelo laboratrio, que tambm registrou milhares de mensagens em grupos monitorados no WhatsApp e no Telegram e mais de 200 vdeos no TikTok. Enquanto pesquisadores, comunicadores e autoridades empenhavam-se em convencer a populao da segurana e eficcia das vacinas, essas mensagens bombardeavam usurios de redes sociais com o oposto.
O NetLab conseguiu mapear um grupo de 36 mil perfis no Twitter que retuitaram mais de 100 mil publicaes com contedo antivacina aps o lanamento do Movimento Nacional pela Vacinao. Retuitar significa encaminhar para os seguidores publicao de outro perfil. Tal articulao acabou sendo mais intensa que a dos 41 mil perfis que fizeram 79 mil retutes a favor da vacinao.
Ao criminosa
O movimento negacionista no ou despercebido pelo Ministrio da Sade. A ministra Nsia Trindade reconheceu que h uma campanha antivacinista buscando minar os esforos da sociedade para elevar a cobertura vacinal. "Temos enfrentado uma forte campanha, desde 27 de fevereiro, de fake news [notcias falsas] envolvendo a vacina bivalente. Isso extremamente srio, e eu tenho destacado que no se trata de desinformao, se trata de ao criminosa, declarou a ministra.
Coordenadora de pesquisa do NetLab, a cientista da informao Dbora Salles explica que, em diversos momentos, a pauta poltica do pas um gatilho para campanhas de desinformao, e o movimento pela vacinao foi um episdio emblemtico. "Quando o presidente Lula se vacina, a extrema direita ativa uma campanha muito intensa em que vrias narrativas so acionadas em diferentes plataformas, tentando trazer dvidas sobre o quo seguras as vacinas so", afirma. "Percebe-se que campanha se aproveita de um evento, mas as narrativas j circulavam antes e se intensificaram para criar um pico de discusso e trazer a ateno para aquela pauta, disputando a narrativa com a campanha oficial", diz Dbora.
Desinformao permanente
Segundo a pesquisadora, os contedos que j estavam prontos e apenas foram intensificados fazem parte de um fluxo permanente de desinformao que circula nas plataformas digitais do Brasil e do mundo h anos, provocando desconfiana em relao a instituies, deturpaes no debate pblico, amplificao de discurso de dio e radicalizao poltica. Dbora define a desinformao como uma campanha sistemtica cujo objetivo produzir desconfiana nas pessoas e diz que o fluxo constante de mensagens deforma o debate pblico no longo prazo.
"Muita propaganda e muita informao problemtica am por informao neutra, orgnica e verdadeira, e isso vai alterando a percepo das pessoas e a qualidade do debate pblico. E, quando se perde qualidade no debate pblico, isso leva a mudanas nas polticas pblicas. Com o tempo, inclusive mdicos am a duvidar de evidncias cientficas, enfatiza.
De acordo com Dbora, esse caldeiro de desinformao depende de um ncleo que direciona campanhas, produz contedo e orquestra reaes, mas tambm precisa de capilaridade para ser disseminado. A desinformao bem-sucedida se aproveita de uma infraestrutura que vimos surgir no Brasil com a extrema direita, que foi montando uma estrutura que tanto centralizada e organizada quanto capilarizada, e consegue chegar a vrias pessoas de diferentes nichos e de diferentes formas", afirma a pesquisadora.
Ela afirma que a extrema direita a corrente poltica que mais aposta na desinformao. Nossos dados mostram que as campanhas de desinformao de outras posies ideolgicas so exceo, mas importante reforar que, se no se atualizarem as regras do jogo, a tendncia que todas as vertentes queiram aproveitar essas estratgias de manipulao.
O que a pesquisadora chama de infraestrutura uma rede de perfis que atua em diversas plataformas de forma coordenada, republicando, comentando e participando de transmisses ao vivo, programas, podcasts, e tambm em portais e canais do YouTube, alm de aplicativos de mensagens.
Essa coordenao, inclusive, reduz a eficcia de derrubar publicaes em uma plataforma especfica, porque um tute, por exemplo, pode ser printado (impresso, copiado) e continuar circulando no Instagram ou no Telegram, mesmo depois de o original ser apagado. A infraestrutura uma atuao multiplataforma lucrativa e autossuficiente, que se retroalimenta e se republica. Nenhuma narrativa emplaca com um ou dois influenciadores em s uma rede social."
A coordenadora do NetLab relata que o monitoramento de tal infraestrutura um trabalho cada vez mais desafiador porque as plataformas digitais tm reduzido o o dos pesquisadores aos dados.
um desafio que ocorre na vertente poltica, com a defesa de uma regulamentao que garanta o aos dados, e tambm na vertente metodolgica, porque preciso construir formas de pesquisar o que est disponvel neste momento. O primeiro o ter mais transparncia para diagnosticar o problema e pensar em polticas pblicas e regulamentao baseada em evidncias. Atualmente os dados so escassos e incompletos. Cada empresa decide o que quer disponibilizar, e isso coloca a sociedade merc dos interesses corporativos dessas plataformas.
Poluir o debate
Alm da construo de narrativas falsas, a desinformao serve para desviar o foco do debate pblico e ocupar os espaos de discusso, ressalta o professor Victor Piaia, da Escola de Comunicao, Mdia e Informao da Fundao Getlio Vargas.
Hoje, as fake news fazem parte do repertrio poltico das redes sociais. No fundo, atores polticos e militantes usam notcias que no so verdadeiras tanto para atingir algum ou criar uma imagem, como para poluir o debate. Esse uso no necessariamente tem o objetivo de convencer, mas de evitar que outros assuntos sejam mais relevantes.
O socilogo lembra o curioso caso da notcia falsa da eleio de 2018 segundo a qual haveria distribuio de mamadeiras erticas para crianas. Ele explica que as fake news mais inverossmeis se inserem em um contexto maior de bombardeio sobre um tema e contribuem mais para a criao de uma viso de mundo do que para o convencimento pontual sobre esses casos especficos.
Esse o caso mais lembrado de fake news sem p, nem cabea, mas que foi capaz de gerar um dano enorme. Existiam, naquela poca, muitas publicaes relacionadas a uma suposta sexualizao infantil. As pessoas que estavam nesses grupos recebiam sem parar contedos que acusavam artistas e pensavam no ambiente escolar como depravado moralmente. A mamadeira pode ser um exemplo esdrxulo, mas, quando se percebe que a pessoa, a todo momento, tocada por esses contedos, ela pode no acreditar na mamadeira, mas isso no significa que no acredite no todo. A gente foca muito em um caso que pode ser esdrxulo, mas a questo a viso de mundo que est sendo construda cotidianamente.
Entre as plataformas digitais usadas para disseminar desinformao, o WhatsApp destaca-se por ser a mais usada pelos brasileiros, diz o professor. Alm disso, Piaia explica que a vida cotidiana das pessoas incorporou o uso dessa plataforma e, quando o contedo falso chega ao usurio, chega muitas vezes por meio de contatos pessoais e at familiares, aproveitando-se de redes de confiana.
No um espao pblico, um espao privado de informao. O contedo chega por meio de um parente, um conhecido, um amigo, algum que voc tem em grande estima. Essa informao tem uma capacidade grande de envolver as pessoas, seja para acreditar ou discordar, detalha o pesquisador.
Diante dessa relevncia, pesquisadores pensam estratgias para captar os movimentos na plataforma, mas o o difcil por se tratar de aplicativo de mensagens privadas. O mximo que possvel para o monitoramento se inscrever em grupos pblicos e linhas de transmisso que so usadas para desinformar, diz Piaia.
No importa em quantos grupos voc entre. Voc pode entrar em 5 mil grupos ou em 40 mil grupos, e ainda no vai saber o que isso representa no todo. A gente tem falta de informao e clareza do total desse universo de mensagens, porque a plataforma no informa isso. A gente entende que relevante h todos os sinais de que relevante e consegue construir este quebra-cabeas, mas difcil ter certeza e medir com preciso o que acontece ali dentro, at para pensar medidas que combatam o problema.
Apesar de todas as plataformas adotarem estratgias para diminuir o alcance da desinformao, o socilogo considera que as aes ainda so insuficientes diante dos impactos sociais causados pelas fake news que circulam dentro delas. Se pesquisadores independentes no podem ar e tentar entender aquele ecossistema e aquele universo para buscar problemas e solues, ficamos refns de uma avaliao interna das plataformas. Quando se observa uma plataforma fechando dados para pesquisa, ela est, de certa forma, contribuindo para a manuteno de todos esses problemas.
Lucro e afeto
O professor de literatura comparada da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) Joo Cezar de Castro Nunes cita o escritor Guimares Rosa para explicar por que ainda to difcil encontrar uma soluo para enfrentar a desinformao: Estamos no meio do redemoinho. Assim como os meios digitais de pagamento e transaes financeiras mudaram a economia e exigiram regulao e modernizao dos diversos rgos de controle, Joo Cezar argumenta que as plataformas digitais mudaram de forma irreversvel e profunda o debate poltico e as formas de interao social, s que sem ser acompanhadas de regulaes capazes de garantir limites.
O pesquisador monitora as redes e discute os efeitos discursivos e sociais desse fluxo permanente de desinformao. Joo Nunes v como caminho central a desmonetizao desse contedo por parte das plataformas, mas considera impossvel cessar completamente essa torrente, que lucrativa.
Precisamos comear a compreender que fake news uma indstria. produo em massa e fonte de monetizao. Para as plataformas, contedo radicalizador, agressivo e virulento vende mais que contedo didtico ou sereno, critica o professor. Ele destaca que produtores de fake news enriquecem e empreendem apostando na desinformao. Fake news no apenas ideologia, uma forma de empreendedorismo. As fake news tm o aspecto ideolgico, o impacto poltico, a produo do dio, a excluso do outro. Tudo isso est na essncia das fake news. Mas um ponto negligenciado que as fake news so uma fbrica de dinheiro, porque aumentam o engajamento, as visualizaes, os likes, e isso se reverte em monetizao.
O pesquisador tambm defende a necessidade de deixar de encarar as fake news apenas como simples mentiras e explica que um elemento muito caracterstico desse discurso partir de um dado verdadeiro para construir um argumento falso. Esse dado muitas vezes superdimensionado, pinado de uma situao excepcional e tomado como universal, transformando-se em um risco iminente em toda parte.
Exemplos dessa estratgia so os eventos adversos graves da vacinao, registrados em propores rarssimas, porm explorados pelos antivacinistas. O Centro de Controle de Doenas dos Estados Unidos, por exemplo, observou apenas 11 casos de miocardite entre as mais de 8 milhes de doses da vacina da Pfizer aplicadas em crianas com idade entre 5 e 11 anos, no incio da vacinao contra a covid-19 nessa faixa etria. Nenhuma dessas crianas morreu e todas se recuperaram. Mesmo assim, a miocardite frequentemente citada como um perigo da vacina em mensagens antivacinistas, que ignoram que a prpria covid-19 causa o mesmo problema de sade com uma frequncia 16 vezes maior.
Uma notcia falsa no uma mentira, uma mquina narrativa cuja finalidade produzir um afeto, afirma Joo Cezar. uma produo de afeto com a retrica do dio, para a monetizao do medo. A extrema direita monetiza o pnico que ela mesma produz. Cria a demanda e oferece o produto. um modelo de negcio perfeito, afirma.
A produo de afeto e o fluxo permanente de desinformao, com o ar dos anos, construram o que o pesquisador chama de dissonncia cognitiva coletiva -- nome complexo que descreve um comportamento que muitos brasileiros testemunham em suas relaes pessoais. Refugiando-se em contedos extremistas nas plataformas digitais, os consumidores fiis de fake news tm suas crenas reforadas a todo momento e ficam cada vez mais refratrios ao contraditrio e a fatos que invalidam suas ideias. O efeito disso o compartilhamento de uma realidade paralela, completamente interpretada com a lente da desinformao.
A dissonncia cognitiva prpria da condio humana. Ns evitamos informaes que contrariam nossas crenas e procuramos informaes que reforam. Mas, com a revoluo digital, a dissonncia cognitiva no mais individual. O que est acontecendo mais grave. Essa disjuno que leva a uma realidade paralela deixou de ser de foro ntimo, porque hoje voc est compartilhando aquela crena com milhes de pessoas. Hoje, no mundo inteiro, centenas de milhes de pessoas acreditam que um consrcio das farmacuticas se reuniu para produzir o coronavrus, vender mscara e vacina, alerta o pesquisador.
Essa crena coletiva se d por meio de uma dieta rigorosa de fake news, explica Joo Cezar, j que a tecnologia hoje permite estar conectado 24 horas por dia, recebendo contedo de diversos grupos em diferentes plataformas.
Eu tenho casos coletados de pessoas que participam de 15 grupos desse tipo no WhatsApp. Isso uma dieta rigorosa de desinformao. Isso produz o delrio que vimos no Brasil. Em nenhum outro lugar do mundo a dissonncia cognitiva levou at 40 mil pessoas durante dois meses para as portas de quartis.
Adoecimento
O consumo em massa de desinformao tem ocasionado tambm danos nas relaes pessoais e at na sade mental de quem recebe esses contedos -- e na de quem est em volta. Segundo o presidente do Conselho Federal de Psicologia, Pedro Paulo Bicalho, o medo produzido pelo discurso de dio um assunto frequente nos consultrios, especialmente entre aqueles que so alvos da discriminao.
Isso tem produzido um adoecimento que articulado a uma construo de medo. O que eu quero dizer que as pessoas am a sentir medo de existir. A populao negra, a populao indgena, a populao LGBTQIA+ e as mulheres tm relatado medo em relao a sua prpria existncia. E, quando identificamos de onde vem esse medo, ele produto da circulao de fake news.
O problema cresce porque, muitas vezes, o contato com esses contedos se d no ambiente familiar, seja fisicamente ou em grupos de famlia nas plataformas digitais. Com isso, ocorre um desmantelamento das relaes familiares, afirma Bicalho, dizendo que o medo gerado pela desinformao fonte de uma produo em massa de processos ansiognicos, que so causadores de quadros de ansiedade.
J entre os consumidores de notcias falsas, o fluxo permanente de desinformao faz com que entrem em um quadro de descolamento da realidade, que, apesar de no ser uma psicose, se assemelha a elas, avalia o presidente do CFP.
Quando falamos de psicoses, elas nada mais so do que adoecimentos psquicos que se constroem a partir de um descolamento da realidade, realidade essa que produzida pelo prprio sujeito da psicose. H uma aproximao em relao a isso. Quando algum consome fake news e comea a aderir a uma realidade paralela, comea a viver um estado psictico, mesmo no sendo uma psicose propriamente dita. Ele comea a produzir dissociaes em relao ao real, e isso vai produzir efeitos muito diretos na sua vida. Na sua vida laboral, na sua vida em famlia e na sua vida como estudante, por exemplo.
Para o psiclogo, o resgate de pessoas imersas em fake news depende de uma construo coletiva. A gente no capaz de ar individualmente essas pessoas, precisa construir campanhas, falar mais sobre isso. preciso dizer para as pessoas o que isso est produzindo na sociedade como um todo, alerta ele, lembrando que, desde a pandemia, a busca por psiclogos cresceu 300% e ainda no baixou. Alm das consequncias da emergncia sanitria, ele v a circulao de fake news, o discurso de dio e a radicalizao poltica como causas dessa demanda. O Brasil viveu uma pandemia no meio de um pandemnio poltico. Isso produz um adoecimento de uma ordem inimaginvel.
O que dizem as plataformas
Empresa responsvel pelo Facebook, WhatsApp e Instagram, a Meta diz que remove a desinformao prejudicial sobre sade e que, quando h possibilidade de tal contedo contribuir diretamente para o risco de leso corporal iminente e para interferncia no funcionamento de processos polticos, alm de "certas mdias manipuladas altamente enganosas" - Arquivo/Agncia Brasil
A Agncia Brasil procurou a Meta, empresa responsvel pelo Facebook, WhatsApp e Instagram, para ouvir o que feito no combate desinformao e na disponibilizao de dados a pesquisadores independentes. Sobre o Facebook e o Instagram, a empresa informa que remove a desinformao prejudicial sobre sade e quando h possibilidade de tal contedo contribuir diretamente para o risco de leso corporal iminente e para interferncia no funcionamento de processos polticos, alm de "certas mdias manipuladas altamente enganosas".
"Para determinar o que constitui desinformao nessas categorias, firmamos parcerias com especialistas independentes que tm conhecimento e experincia para avaliar a veracidade de um contedo e se provvel que ele contribua diretamente para o risco de dano iminente", diz um texto produzido pelo centro de transparncia da empresa. "Nos concentramos em reduzir a disseminao de boatos e a desinformao viral, alm de direcionar usurios para informaes oficiais", acrescenta.
Sobre o WhatsApp, a Meta informa que estabeleceu parcerias com agncias de checagem independentes, que o aplicativo tem sido uma das poucas plataformas de mensagens a se aprimorar para conter a viralidade de publicaes e que v tendncia de queda com as medidas adotadas. Segundo a Meta, quando o aplicativo introduziu limites adicionais para o envio de mensagens em abril de 2020, viu imediatamente uma reduo de 70% na viralidade das mensagens. Em maio de 2022, um novo limite de encaminhamento de mensagens para grupos trouxe uma reduo de cerca de 20% no nmero de mensagens encaminhadas com frequncia.
"Vale lembrar que as conversas trocadas em grupos especficos, com desinformao, de modo algum representam as conversas dos usurios brasileiros, ou a forma pela qual o WhatsApp majoritariamente utilizado no pas", diz a Meta, que encoraja os usurios a denunciarem condutas inapropriadas na plataforma.
J o Tik Tok diz que considera o trabalho dos pesquisadores importante para aprimorar os mecanismos de combate desinformao. Sobre a pesquisa que aponta veiculao de vdeos com desinformao sobre vacinas, a rede afirma que suas diretrizes no permitem informaes mdicas enganosas que possam causar danos sade fsica. A rede afirma que atua para remov-las da plataforma quando as identifica e que a maior parte das remoes de contedo ocorre de forma proativa, isto , antes que sejam denunciadas pelos usurios.
"Realizamos parcerias com especialistas para destacar o contedo confivel sobre temas relacionados sade pblica e tambm com agncias independentes de checagem de fatos que nos ajudam a avaliar a veracidade do contedo."
A Agncia Brasil no conseguiu contato com o Telegram. J o Twitter no tem representao de imprensa no Brasil desde as mudanas promovidas na empresa pelo proprietrio da plataforma, Elon Musk. Ao entrar em contato com o e-mail global de imprensa da plataforma, a reportagem recebeu apenas a resposta automtica com o emoji de fezes que tem sido enviada a todos os veculos de comunicao.


FONTE: Agncia Brasil

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