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Bolas esportivas usadas no Brasil so costuradas em penitencirias de MS 6n4h2n

Publicado em 15/12/2019 Editoria: Regio


Bolas confeccionadas em unidades penais de MS so distribudas a seis Estados do Brasil.
Bolas esportivas utilizadas em campeonatos nacionais e estaduais de futebol e futsal agora so confeccionadas tambm por detentos do Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho (EPJFC), na Capital.
Com incio em setembro, a costura das bolas acontece dentro das prprias celas, no causando nenhum tipo de prejuzo segurana da unidade. Esse mesmo trabalho j desenvolvido nos presdios de Dourados, Navira e Ponta Por, e est em fase de implantao em Rio Brilhante. O prximo municpio ser Jate, com uma oficina na penitenciria feminina.
A iniciativa faz parte da parceria entre a Agncia Estadual de istrao do Sistema Penitencirio (Agepen), por meio da Diviso de Trabalho, e a Empresa Mundi Mercantil Indstria e Comrcio de Materiais Esportivos LTDA, representante na fabricao de marcas oficiais conhecidas nacionalmente.
Na mxima de Campo Grande, so 74 reeducandos trabalhando com a produo de bolas e tem como objetivo proporcionar ocupao produtiva remunerada durante o cumprimento de pena. Segundo o diretor do presdio, Mauro Augusto Ferrari de Arajo, a meta atingir 400 reeducandos trabalhando na oficina. Em cada ala existe um multiplicador, ou seja, um interno que lidera os trabalhos de costura do local, explicou.
Preso h sete anos, o interno Gilson da Costa Alves, 32 anos, encontrou na atividade uma chance de ocupar o tempo ocioso com algo produtivo. Meu primeiro contato com a costura foi quando estava preso em Dourados e acabei gostando do trabalho, tanto que agora participo do projeto que iniciou aqui na Mxima, disse o interno que costura, em mdia, trs bolas por dia.
O encarregado por desenvolvimento de mo de obra prisional e designer de produtos da empresa Mundi Mercantil, Cristian Mendes da Conceio, informou que a utilizao do trabalho prisional acontece h alguns anos, inclusive no Estado de So Paulo, e tem sido um sucesso.
Primeiramente comeamos a parceria nas penitencirias paulistas, realizamos um teste em Dourados e deu muito certo, ento decidimos migrar total ou parcialmente nossa produo para as unidades penais de Mato Grosso do Sul, devido logstica e nmero de internos trabalhando, destacou.
Conforme Cristian, a mdia varia entre 100 e 300 presos que atuam na costura em cada unidade penal que o trabalho j est implantado, dependendo da organizao interna e do sistema de segurana do local. A inteno no presdio de Segurana Mxima de Campo Grande produzir 1,5 mil bolas por semana, podendo este nmero chegar a 3 mil peas, conforme o desempenho dos internos, garantiu Cristian que acompanha todo o trabalho de perto.
Para o interno Nilson Loureno Gonalves, 69 anos, o trabalho fundamental para quem est privado de liberdade. Decidi participar da iniciativa e hoje incentivo e o os ensinamentos aos outros companheiros de cela, relatou.
Para o desenvolvimento das atividades, os reeducandos receberam instrues referente s tcnicas necessrias para a confeco das peas. Alm disso, as normas de qualidade tambm esto sendo adas, atravs de treinamentos quinzenais.
Utilizadas por oito diferentes federaes, distribudas para seis Estados do Brasil, as bolas seguem um rgido padro de qualidade por se tratarem de marcas lderes de mercado. Feito inicialmente dentro da penitenciria e posteriormente no setor de acabamento da empresa, a costura dos produtos avaliada interna e externamente.
Alm de oportunizar o aprendizado de uma nova profisso, a confeco de bolas esportivas garante remunerao aos detentos, no sistema de produtividade, e remio de um dia na pena a cada trs de servios prestados.
Segundo o diretor-presidente da Agepen, Aud de Oliveira Chaves, o trabalho tem sido uma ferramenta eficaz para levar novas perspectivas de vida aos custodiados. Atualmente, temos 195 parcerias firmadas com empresas privadas e rgos pblicos que fornecem trabalho h mais de 7,1 mil reeducandos em todo o estado, contribuindo para a disciplina interna das unidades penais e promovendo mudanas de comportamento aos apenados, afirmou.


FONTE: Agepen

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