Sem previso de obra, aterro de Campo Grande opera at 2022 2o2z10
Publicado em 09/10/2019
Editoria: Cidade
O Aterro Sanitrio Dom Antnio Barbosa II, na Capital, deve operar at 2022, porm, ainda no h uma data para que nova rea seja construda e opere quando o aterro for desativado. A CG Solurb, concessionria responsvel pela coleta de lixo e pelo manejo de resduos slidos, j est elaborando o projeto do novo aterro sanitrio Ereguau, mas, para que o local entre em operao, a Prefeitura Municipal de Campo Grande deve avaliar o projeto e abrir discusso com a populao.
de responsabilidade da concessionria indicar a rea do novo local para descarte do lixo da Capital e de outros seis municpios, que utilizam o aterro construdo em 2012.
Segundo o titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Servios Pblicos (Sisep), Rudi Fiorese, o processo rigoroso, portanto, pode levar tempo. Aps a compra da rea, a Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gesto Urbana) emite a licena. um processo bastante criterioso, afirmou.
De acordo com o gerente operacional da Solurb, Bruno Velloso, o novo aterro no deve ser instalado na mesma regio que o atual local.
Estamos em processo de licenciamento, sugerindo alguns locais. Ali [no aterro II] no vai ser porque houve mudana em lei [federal 12.725/2012], ento, no podemos construir nada em um raio de 10 km de um aerdromo, explicou. Na regio do aterro, opera um aeroporto particular.
O projeto deve ser finalizado at o fim deste ano. O estudo deve apontar locais que, alm de observar o raio do aerdromo, estejam distantes da rea urbana e no impactem o lenol fretico, que deve estar a dois metros de profundidade. Pelo contrato, o aterro Ereguau deve operar por 20 anos, mas a Solurb quer ampliar a vida til do local para at 35 anos.
O aterro tem de ter, no mnimo, uma vida til de 20 anos, mas nosso projeto deve ser para 35 anos. Primeiro, faremos um estudo de impacto ambiental, que ser apresentado Semadur e discutido em audincia pblica. Pretendemos protocolar esse estudo ainda este ano, disse Velloso. O debate com a populao s deve acontecer, portanto, em 2020.
Quando o aterro II for desativado, a Solurb deve continuar istrando a rea por dez anos. O mesmo j est sendo feito na rea que ficou conhecida como lixo, em Campo Grande. Todo o montante de resduos foi coberto e est sendo monitorado para evitar contaminao e rompimento da pirmide.
Por dia, 950 toneladas de lixo produzido pela Capital chegam ao aterro. A mdia de 22,3 mil toneladas por ms. As cidades de Terenos, Rochedo, Bandeirantes, Jaraguari, Rio Negro e Dois Irmos do Buriti tambm descartam resduos no aterro II.
Em setembro, 456 toneladas desses municpios foram descartadas. Corguinho e So Gabriel do Oeste foram habilitados para enviar resduos para Campo Grande, mas at agora ainda no o fizeram.
Contrato
O convnio com as duas novas cidades foi celebrado no incio deste ms. O contrato j est em vigor e vai at 31 de julho de 2020. Sem capacidade de descartar seus resduos, pequenos municpios enviam o lixo para cidades maiores com aterro.
Do montante que entra todos os dias no aterro II, 2% vem do interior. Levando em conta o tempo de uso que ainda resta, isso representa 21 dias de vida til, afirmou o gerente operacional da Solurb.
Segundo a concessionria, Terenos foi o primeiro municpio a enviar resduos, em 2014.
O Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul (TCE-MS), em parceria com o Ministrio Pblico do Estado (MPE), lanou em 2016 o Programa de Aprimoramento da Gesto de Resduos Slidos, que incentiva prefeituras a fazerem o descarte correto do lixo. Um balano de 2018 apontou que 45 cidades aram a fazer o manejo de resduos slidos respeitando as regras do programa. Dois anos antes, apenas 16 municpios no jogavam o lixo a cu aberto. Portanto, caiu para 34 o nmero de cidades que tinham lixo.
Para isso, o TCE incentivou as prefeituras a criar uma taxa de resduos slidos para financiar o manejo. A prxima etapa compreende a logstica reversa, que consiste em reciclar todo o material possvel, alm de destinar corretamente resduos considerados perigosos, como agrotxicos.
FONTE: Correio do Estado