Piloto do PCC delator em processo contra “mfia” liderada por policial y4m3g
Publicado em 03/09/2019
Editoria: Polcia
Preso com status de piloto da faco criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), Felipe Ramos Morais delator na operao Laos de Famlia, realizada pela PF (Polcia Federal) contra famlia de Mundo Novo apontada por agir como mfia e manter ligao comercial com a faco no trfico de maconha. O grupo era liderado por um policial militar.
Pela condio de colaborador da Justia, Felipe abre a fase de interrogatrios dos rus no processo de lavagem de dinheiro. Cabe dizer que se entendeu por bem elencar o ru Felipe Ramos Morais como primeiro a ser interrogado em razo de sua condio de colaborador da justia, com o que se pretende garantir a ampla defesa aos demais acusados, informa despacho anexado hoje (dia 3) ao processo.
O interrogatrio dos rus comea com o piloto no dia 19 de novembro. Felipe est na penitenciria federal de Campo Grande e ser ouvido por videoconferncia. No dia 19 de agosto, audincia na 3 Vara da Justia Federal de Campo Grande colheu os depoimentos de duas testemunhas de defesa do piloto, que seria dono de trs helicpteros avaliados em R$ 17 milhes.
Felipe Morais participou por vdeo, ao lado da advogada. Ao trmino do procedimento, questionou o procurador Silvio Pettengill Neto, representante do MPF (Ministrio Pblico Federal), sobre a inteno de dar entrevista. Segundo o procurador, o Ministrio Pblico se manifestaria quando fosse requisitado pela Justia. O Campo Grande News no conseguiu contato com a defesa de Felipe Ramos Morais.
Lideranas - Ao ser preso em maio de 2018 pela Polcia Civil de Gois, antes da operao Laos de Famlia, ele foi identificado como coordenador de rotas do PCC. Na ocasio, tinha mandado de priso expedido pela Justia do Cear.
No ms de fevereiro de 2018, ele levou, de helicptero, Rogrio Jeremias de Simone, o Geg do Mangue, e Fabiano Alves de Souza, o Paca, para uma emboscada em reserva indgena a 30 km de Fortaleza, capital do Cear. Geg e Paca eram as principais lideranas soltas do PCC. A aeronave usada no transporte foi uma das sete apreendidas na Laos de Famlia, deflagrada em junho do ano ado pela PF.
Laos de Famlia No mesmo despacho sobre a operao Laos de Famlia, o interrogatrio do policial militar Silvio Csar Molina Azevedo, apontado como lder do grupo, foi marcado para 13 de dezembro, encerrando essa etapa processual. A defesa pediu que Molina, preso na penitenciria federal de Mossor (Rio Grande do Norte), fosse ouvido pessoalmente. Mas a solicitao acabou indeferida.
Portanto, no apenas a lei explicitamente prev e racionaliza os procedimentos de videoconferncia, neste caso seria um contrassenso que os elementos de segurana pblica justificados (e mantidos) para a incluso da pessoa presa no sistema penitencirio federal fossem abandonados por pedido de recambiamento provisrio do preso, para a realizao do prprio ato processual, informa o despacho.
Na sequncia, acusao e defesa apresentam as alegaes finais. Desta forma, deciso sobre o caso fica para 2020. O principal processo da Laos de Famlia tem 19 rus e uma sries de crimes: trfico de drogas, associao para o trfico, posse de arma de fogo, evaso de divisas e lavagem de dinheiro.
Foram identificados vrios ncleos, como o familiar, que era liderado pelo policial; o operacional e apoio logstico, integrados por gerentes; e os correrias, definio para quem presta toda a sorte de servios (motorista, segurana pessoal de membros do grupo).
Durante a investigao, a Polcia Federal apreendeu R$ 317.498,16, joias avaliadas em R$ 81.334,25, duas pistolas, 27 toneladas de maconha, duas caminhonetes e 11 veculos de transporte de carga.
FONTE: Campo Grande News
