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Hospital do Rio de Janeiro devolve rim em garrafa aps atrasar exame 91320

Publicado em 22/07/2019 Editoria: Sade


A espera de quatro meses pelo resultado de uma bipsia no rim de seu marido levou na ltima quarta-feira (17) a costureira Maristher Fukuoka, de 56 anos, ao Hospital Municipal Raul Sert, em Nova Friburgo, para cobrar providncias.

Aps discutir com funcionrios da unidade, a autnoma teve a confirmao de que o exame ainda no tinha sequer sido realizado e recebeu de volta o rim que havia sido removido de seu marido. O rgo estava armazenado em uma garrafa plstica, que ainda tinha um rtulo de "polpa de maracuj".

Maristher conta que seu marido, o mecnico Sebastio Mory, de 62 anos, sofre com dores nos rins desde o incio do ano e chegou a ficar internado em maro, quando teve o rgo retirado no dia 20. Segundo mdicos, o rim tinha um tumor, e a bipsia esclareceria se o caso era maligno ou benigno.

A partir da alta, Maristher voltou ao hospital periodicamente para saber o resultado, mas era sempre informada de que o exame no estava pronto. Seu marido continuava a sofrer de dores no rim e estava sendo medicado apenas com analgsicos.

No ltimo dia 14, um funcionrio revelou a ela por telefone que nenhum exame estava sendo feito por falta de profissionais. Segundo esse funcionrio, o rim no tinha sido levado ao laboratrio, apesar de os registros do hospital apontarem que ele tinha sido levado ao Rio de Janeiro em 23 de maro.

Indignada, ela voltou ao hospital na ltima quarta-feira. "Falei alto, comecei a ficar revoltada e fiz um escndalo que no sei como consegui fazer. No sei de onde tirei foras", conta ela, que ainda se sentou no cho e esperou que alguma providncia fosse tomada. Funcionrios do hospital continuavam a dizer que o rgo tinha sido levado para a bipsia, o que ela rebateu.

Para sua surpresa, aps muita cobrana, uma funcionria do hospital entregou a ela a garrafa plstica com o rim de seu marido e disse o nome de trs laboratrios privados que ela poderia procurar por si mesma.

"Sa do hospital e fiquei muito nervosa andando com aquilo na rua. No sabia onde levar", conta ela, que foi andando com o marido at um dos laboratrios. "Fui eu e meu marido com aquele pote pela rua, perguntando pelo laboratrio que eu nem sabia onde era. Fomos perguntando".

O exame no laboratrio particular custou 600 reais e Maristher e Sebastio ainda aguardam o resultado, que deve ficar pronto at 14 de agosto. A costureira conta que j tem um advogado para processar o hospital municipal.

Procurada, a Prefeitura de Nova Friburgo reconheceu problemas na realizao de bipsias no hospital. "O Hospital Municipal Raul Sert est com uma demanda reprimida na realizao das bipsias devido ao desligamento do profissional que, at ento, realizava o servio. To logo possvel, a Municipalidade providenciou a contratao de um novo profissional (que j est atuando) para efetuar este tipo de procedimento. Sendo assim, a tendncia que, em breve, este tipo de servio esteja normalizado na unidade", diz o municpio.

A prefeitura tambm afirmou que as peas de bipsia "so normalmente armazenadas em recipientes plsticos comuns, aps serem devidamente higienizados e esterelizados". "A respeito do rtulo no recipiente, em que consta escrito "polpa de maracuj", ser instaurado um inqurito istrativo para identificar os responsveis e aplicar as sanes cabveis".



FONTE: Agncia Brasil

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