PRF condenado a 23 anos de priso pelo assassinato de empresrio 72c6a
Publicado em 31/05/2019
Editoria: Regio
Na sentena a juiza definiu pena de 14 anos pelo assassinato de Adriano Correia e 8 anos por tentar matar outros 2.
O policial rodovirio federal Ricardo Hyn Su Moon, de 49 anos, foi condenado a 23 anos e quatro meses pelo assassinato do empresrio Adriano Correia do Nascimento, e pela tentativa de homicdio contra Vincius Cau Ortiz Simes e Agnaldo Espinosa da Silva, cometidos durante uma briga de trnsito em dezembro de 2016.
Por maioria dos votos os jurados decidiram pela condenao do policial pelos crimes de homicdio qualificado e pela dupla tentativa de homicdio. A juza Denize de Barros Dodero determinou ento pena de 14 anos pelo assassinato de Adriano e 4 anos e oito meses para cada tentativa. A sentena, inicialmente, ser cumprida em regime fechado.
O caso aconteceu na manh do dia 31 de dezembro de 2016, na Avenida Ernesto Geisel, esquina com a Rua 26 de Agosto, em Campo Grande. De acordo com o Ministrio Pblico, o acusado matou Adriano e tentou matar as outras duas vtimas. O policial conduzia um veculo Mitsubishi Pajero, enquanto Adriano estava em uma caminhonete Toyota Hilux.
O primeiro julgamento do caso aconteceu depois de dois anos e trs meses do crime, no dia 11 de abril, mas foi cancelado depois que um dos sete jurados teve crise de hipertenso.
Nesta manh, pela segunda vez neste ano, Vincius e Agnaldo, que estavam no veculo com Adriano no momento do crime, prestaram depoimento no tribunal do jri. Mais uma vez, a verso dos dois sobre os acontecimentos que levaram a morte de Adriano foi diferente da defendida por Moon.
Enquanto Agnaldo afirmava que Adriano teve o carro fechado pelo policial, que foi xingado por ele e pediu desculpa por trs vezes antes de ser assassinado, Moon relatou que estava parado em um semforo na Rua 26 de Agosto quando o empresrio trocou de pista e parou bruscamente atrs de seu veculo. Com medo de ser vtima de um assalto ou de execuo, desceu e abordou os ocupantes da caminhonete.
Moon explicou que se identificou como policial e s disparou quando percebeu que Adriano funcionou a caminhonete em que estava para deixar o local. &39;&39;Bala no para carro. O que iria parar seria uma ao contra o operador do veculo. Tudo foi na inteno de legtima defesa e para resguardar a vida", explicou o PRF.
Diante dos jurados, a defesa do policial rodovirio federal reforou o consumo de bebida alcolica das trs vtimas da discusso que terminou com a morte do empresrio, e alegou que ele no deveria estar dirigindo naquele dia. O advogado Ren Siufi ainda defendeu em jri que a abordagem foi uma ao policial motivada pelo visvel estado de embriaguez da vtima.
Ao longo dos mais de dois anos, at o julgamento, o caso foi marcado recursos de ambas as partes e at investigao por fraude, depois que dois flambadores de sushi foram encontrados no veculo aps duas percias. A situao analisada em outro processo.
FONTE: Campo Grande News