Ex-PM confirma participao de mais pessoas no assassinato de Marielle 71274n
Publicado em 24/07/2023
Editoria: Brasil
Foto: Marcelo Freixo/Wikimedia Commons
Maior parte da delao permanecer em sigilo, diz ministro Flvio Dino
O ex-policial militar (PM) lcio de Queiroz fechou delao premiada com a Polcia Federal (PF) e com o Ministrio Pblico do Rio de Janeiro (MPRJ) confirmando a participao dele, de Ronnie Lessa e do ex-bombeiro Maxwell Simes Corra no assassinato da ex-vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. O ex-PM ainda indicou envolvimento de mais pessoas no crime, informao que segue em segredo de Justia.
O senhor lcio narra a dinmica do crime, narra a participao dele prprio e do Ronnie Lessa e aponta o Maxwell e outras pessoas como copartcipes desse evento criminoso, informou nesta segunda-feira (24) o ministro da Justia e Segurana Pblica, Flvio Dino. O ministro acrescentou que h clusulas de segurana no acordo que impedem a divulgao de maiores informaes.
muito sensvel. Envolve outras pessoas, envolve pessoas que tm uma notria periculosidade e, por isso mesmo, o poder Judicirio, corretamente na nossa viso, quebrou o sigilo de uma pequena parte da delao, mas a maior parte da delao permanecer em sigilo at a concluso dessas operaes, explicou Dino.
Para o ministro Flvio Dino, a colaborao premiada de lcio de Queiroz encerrou uma fase da investigao ao retirar todas as dvidas sobre a execuo do crime, abrindo a possibilidade de a polcia chegar aos mandantes do duplo assassinato. H um avano, uma espcie de mudana de patamar da investigao. A investigao agora se conclui em relao ao patamar da execuo e h elementos para novo patamar: a da identificao dos mandates do crime, destacou o ministro, que acrescentou que nas prximas semanas provavelmente haver novas operaes derivadas desse conjunto de provas colhido no dia de hoje.
O chefe da pasta da Justia e Segurana Pblica argumentou que a delao s foi fechada porque as provas colhidas desde o incio do ano tornaram evidente a participao de Ronnie e lcio no crime, o que teria tornado difcil a manuteno da tese da defesa de lcio que negava o envolvimento do ex-PM no caso.
Em fevereiro deste ano, a Polcia Federal e a Polcia Penal Federal ingressaram na investigao em parceria com o Ministrio Pblico do Rio de Janeiro. Questionado porque a investigao anterior no tinha conseguido avanar nas investigaes, Dino respondeu que a participao das polcias federais permitiu uma maior unio de esforos. Respeitamos as investigaes j ocorridas, mas o ingresso da Polcia Federal permitiu maior unio. Ento o elemento da unio de foras permitiu esse resultado, opinou.
A operao desta segunda-feira que prendeu o ex-bombeiro Maxwell, o Suel, foi um desdobramento da delao premiada de lcio de Queiroz.
FONTE: Agncia Brasil
