MPO/Divulgao
Ao do IBGE busca acelerar coleta de dados em comunidades
Abrir a porta de suas casas para o IBGE abrir as portas para uma vida melhor. o que disse ontem (25) a ministra do Planejamento e Oramento (MPO), Simone Tebet, em lanamento da Favela no Mapa, ao lanada em parceria entre o ministrio, a Central nica das Favelas (Cufa), o DataFavela e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE), que levar os recenseadores a completarem o Censo Demogrfico nas favelas brasileiras.
"A palavra do dia parceria para demonstrar a importncia que tem as pessoas abrirem a porta de suas casas para o IBGE, destacou a ministra, no evento em Helipolis, zona sul da capital paulista. Tebet argumenta que os dados do censo permitem que o Estado saiba as peculiaridades de cada local e decida onde investir de forma correta o dinheiro pblico.
Segundo os dados do IBGE, em todo o Brasil o ndice de ausncia de resposta aos recenseadores de 6%.Enquanto isso, no estado de So Paulo essa taxa de 11,5%. Nos aglomerados, como favelas, comunidades, grotas (ASGN), a ausncia de resposta chega a 8,1% no Brasil e a 16,3% em So Paulo.
Em todo o pas h 11.403 AGSN e boa parte dos moradores j foi recenseada dentro do prazo regulamentar do Censo 2022, que comeou em agosto do ano ado e foi concludo em 28 de fevereiro deste ano. A operao Favela no Mapa representa um esforo concentrado do IBGE nas maiores comunidades das 26 capitais e do Distrito Federal para percorrer as reas que ficaram sem coleta.
Parceria
A parceria com a Cufa e o Data Favela ajudar a abrir portas para o censo nessa misso. Nesses locais, alm de ausncia e recusa, h outros problemas como omisso de domiclios (de fundos ou na laje) e dificuldades de o e circulao. Segundo o fundador do Data Favela, Renato Meirelles, muitos moradores de favelas no respondem ao censo por terem medo de perder seus benefcios sociais ao responder os dados. Entretanto, ele esclarece que essas informaes so sigilosas.
Meirelles destaca a importncia de que todos os brasileiros entendam que estamos vivendo a era de polticas pblicas baseadas em evidncias, o que significa que os dados do censo so fundamentais para garantir que as polticas pblicas cheguem onde mais precisam. "E onde mais precisam chegar na favela. No d para a favela ficar subrepresentada no censo. Nossa meta muito clara. Essa parceria mostra na prtica e simbolicamente que o censo um desafio de toda a sociedade brasileira".
A presidente da Cufa Nacional, Kalyne Lima, afirmou que a ao pode ampliar o alcance do IBGE em territrios mais vulnerveis, como as comunidades. "Nosso papel est sendo o de promover uma mobilizao, ajudar os recenseadores a chegar nessas residncias, convencer as pessoas a arem seus dados sem medo e sem acreditar nos boatos negativos. Responder ao IBGE entrar no mapa da poltica pblica que precisa assistir justamente este territrio".
De acordo com o presidente interino do IBGE, Cimar Azeredo, 150 recenseadores trabalham na ao deste sbado para chegar aos cerca de 15% dos domiclios que faltam para serem entrevistados em todo o pas. "Se cada um fizer 14 entrevistas em cada dia desse fim de semana, fechamos o censo amanh. um trabalho possvel de ser feito, mas s conseguimos porque temos o apoio da Cufa, do Data Favela e da populao", disse.
A recenseadora Leleane Luperine da Silveira ressaltou a importncia de participar do projeto atendendo a maioria das pessoas, mas tambm lembrou que grande parte dos moradores no atendem os funcionrios do IBGE. "As pessoas dizem que no tm tempo, que no querem responder e que no h motivo para participar da pesquisa. Faltava fazer um trabalho de formiguinha para explicar para as pessoas que a pesquisa para ajudar a comunidade".
FONTE: Agncia Brasil
